Sociedade Zé da Luz e Academia de Cordel inauguram Projeto Biblioteca Viva em Bananeiras e Solânea
A Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz e Academia de Cordel do Vale do Paraíba inauguraram nesta terça-feira (04/01) o projeto Biblioteca Viva nas cidades de Bananeiras e Solânea, no brejo da Paraíba. Os primeiros pontos de troca de livros estão localizados no Cantinho da Serra, em Bananeiras, e no Empório da Terra, na cidade vizinha de Solânea. Os equipamentos foram doados pelas duas instituições culturais e o acervo de livros para o rodízio pertence à Biblioteca Arnaud Costa, da Sociedade Zé da Luz, adquirido através de doações. As casas comerciais que abrigam as estantes do projeto têm custo zero. A empresária e artesã Iana Rafaela foi a primeira a aderir à iniciativa em Bananeiras, onde algumas lojas e farmácias já se preparam para implantar a estante de troca de livros em seus espaços. “Eu acho que o projeto agrega valor ao nosso empreendimento comercial, não custa nada e ajuda na disseminação dessa prática básica e fundamental para a cidadania que é o incentivo à leitura, nesses tempos em que a variedade de recursos tecnológicos e audiovisuais afasta a juventude dos livros”, avalia Rafaela.
O projeto coloca à disposição do público um expositor com livros para troca, sem burocracia. De acordo com o jornalista Fábio Mozart, coordenador do projeto na região, a Biblioteca Viva tem pontos de troca em João Pessoa, na sede da Justiça Federal, sob a direção do cordelista Marconi Araújo, Presidente da Academia de Cordel, e brevemente voltará a atuar em Itabaiana, sede das duas entidades parceiras. Mozart registra um agradecimento especial à Loja de Artes Ana Sebastiana, de Bananeiras, que doou livros para o projeto. “A ideia é de que o projeto seja alimentado pela comunidade, mantendo o espaço e doando livros, além de divulgar a atividade”, disse ele.
A presidente da Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz, Nini Soares, destacou a importância do equipamento para as cidades, como investimento na formação de cidadãos e cidadãs por meio do acesso à leitura. “Queremos criar esses micro ambientes de acesso aos livros para que toda a comunidade possa usufruir, e nosso desejo é de que as instituições oficiais das cidades compreendam e apoiem essa ideia de descentralizar as atividades culturais por meio de parcerias com as entidades do setor”, afirmou Nini.